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05

Crise hídrica em SP faz sobrarem vagas na construção civil em Jundiaí

Oposto ao cenário registrado nas cidades do restante do Brasil, os investimentos no setor de construção civil não pararam na cidade de Jundiaí (SP) e números do Ministério de Trabalho mostram que foram gerados 700 novos empregos no primeiro semestre. Em todo o país, neste mesmo período, o saldo entre contratações e demissões foi negativo. O motivo para o crescimento pode ser encontrado nos reservatórios de água que atraíram novos empreendimentos após crise hídrica na capital. 

Desde a crise hídrica que deixou muita gente sem água no Estado de São Paulo os consumidores querem saber se onde o empreendimento tá sendo erguido tem o essencial: água. "Nós temos em andamento na cidade hoje 25 obras de grande porte. Paralelamente temos a questão da qualidade de vida em Jundiaí e a questão hídrica que está atraindo muitas pessoas", conta o presidente do sindicato dos trabalhadores da construção civil, José Carlos Silva.

Jundiaí é uma das poucas cidades da região que têm represa e hoje a capacidade está praticamente no nível máximo, com mais de 8 bilhões de litros de água. Com o volume atual, sem nenhuma captação, seria possível abastecer toda a cidade por quase dois meses." O município tem tudo o que os grandes centros têm, mas sem tantos problemas como, por exemplo, a falta de água", afirma o diretor de faculdade Carlos Alexandre Miglinski.

Oásis de emprego

Segundo dados do Ministério do Trabalho, a região de Jundiaí tem mais de 1 milhão de habitantes e tem atraído mão de obra da construção civil. Somente uma das contrutoras da cidade está com seis obras e 100 funcionários já foram contratados. "Fizemos um planejamento no ano passado e todas as obras que nós começamos estão vingando. Com isso, contratamos mais funcionários", explica o diretor da empresa Reginaldo Callegari.

O pedreiro Genivaldo Nascimento, que mora na grande São Paulo, viaja todos os dias mais de 60 quilômetros para trabalhar em Jundiaí. Depois de quatro meses fazendo trabalhos paralelos, ele conseguiu um emprego de pedreiro na cidade. "Bico tem dia que tem, outros tempos a gente fica parado e assim vai. Com certeza é melhor ter carteira assinada", afirma.

Há alguns meses, uma outra empresa comprou um terreno, dividiu em lotes e vendeu tudo em poucas horas. Para fazer a terraplanagem e toda a infraestrutura serão contratados 450 funcionários. "A gente lançou o empreendimento no primeiro trimestre de 2015 e foram comercializados 100% dos lotes. Com isso, a gente tem a necessidade de fazer a construção e, por isso, a gente tem a missão de fazer a contratação de pessoas", diz o gerente comercial Francisco.

Fonte: G1, Bom Dia Brasil, 31/07/2015

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