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Concurso distribuirá R$ 58 milhões para projetos de urbanização de 206 favelas em São Paulo

 

Renova SP pretende urbanizar 22 das 99 sub-bacias hidrográficas em que a Secretaria Municipal de Habitação dividiu o território paulista. Competição recebeu 102 inscrições em apenas um dia

Lançado na última terça-feira (6) o concurso nacional Renova São Paulo já tinha 102 arquitetos cadastrados no dia seguinte. A competição distribuíra R$ 58 milhões entre projetos para urbanizar 22 das 99 sub-bacias hidrográficas em que a Secretaria Municipal de Habitação dividiu o território de São Paulo.  Nas regiões a serem urbanizadas existem 206 favelas e loteamentos, onde moram cerca de 300 mil pessoas, numa área total de 55.642.278 m².

Cada equipe poderá concorrer em até quatro das 22 sub-bacias incluídas no concurso. Os vencedores acompanharão as obras e coordenarão as equipes em todas as fases do projeto. Será preciso projetar o paisagismo, infraestrutura urbana, saneamento básico e drenagem, além de habitações e espaços públicos, entre outros serviços.

Os organizadores devem escolher ideias inovadoras, que respeitem o que os moradores já construíram nas regiões habitadas. "É preciso valorizar e melhorar o pré-existente", diz Maria Teresa Diniz, coordenadora de projetos da Secretaria de Habitação e uma das organizadoras do concurso. "Não dá para fazer o projeto partindo de uma tábula rasa, a não ser em algumas poucas áreas, onde não houver condições de partir do pré-existente".

As inscrições para o concurso já estão abertas e podem ser realizadas no site do concurso Renova SP.  Os trabalhos devem ser entregues entre os dias 14 e 25 de julho. Informações técnicas e sociais sobre os assentamentos precários da cidade estão disponíveis na base de dados Habisp, que vem sendo alimentada pela prefeitura de São Paulo desde 2005.

Os trabalhos serão julgados pelos arquitetos Marcos Boldarini, Marta Lagrecca Sales, Sérgio Ferraz Magalhães, Solano Benitez e Zaida Muxí.

Áreas precárias
As primeiras 22 sub-bacias escolhidas pela prefeitura para serem urbanizadas obtiveram os piores pontos no Sistema de Priorização de Intervenções, programa de computador que cruza as informações sobre o risco das áreas, precariedade da infraestrutura, insalubridade, renda e risco de se tornarem fulcros de violência. Em toda a cidade de São Paulo, 3 milhões vivem em assentamentos precários.

A ilustração abaixo mostra as áreas onde os projetos acontecerão:


 

Fonte: http://www.piniweb.com.br/construcao/urbanismo/concurso-distribuira-r-58-milhoes-para-projetos-de-urbanizacao-de-219650-1.asp

 

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