May
27
Presidente Dilma manda bancos alavancarem o programa Minha Casa, Minha Vida
Para acelerar as contratações de financiamentos no Programa Minha Casa, Minha Vida, a presidente Dilma Rousseff determinou que a Caixa Econômica Federal, comandada por Jorge Hereda, e o Banco do Brasil, sob a liderança de Aldemir Bendine, trabalhem juntos no financiamento da casa própria. A ordem foi dada em reunião no Palácio do Planalto na semana passada com os presidentes das duas instituições. A Caixa limitou-se a informar que a parceria é para troca de informações, de infraestrutura e de tecnologia para aumentar a participação do BB no crédito habitacional.
Mas, de acordo com informações obtidas pelo Correio, Dilma está preocupada com o cumprimento da meta de contratação de 2 milhões de moradias prevista para os quatro anos do seu mandato, dos quais 1,2 milhão para famílias de até três salários mínimos. Hoje, o programa Minha Casa, Minha Vida, que já tem até uma segunda versão, é tocado somente pela Caixa, cuja estrutura está quase saturada.
Neste ano, foram contratadas apenas 89.704 unidades em quatro meses e sete dias, todas elas para famílias de renda de três até dez salários mínimos. Está na fila para deslanchar ainda em 2011 a liberação de créditos a trabalhadores com renda de até três mínimos, justamente a faixa que corresponde a 60% da meta anunciada pela presidente. A Caixa alega que está esperando orientações do governo para pôr em prática os financiamentos neste ano.
A parceria entre os dois bancos é para aproveitar a extensa rede de agências do Banco do Brasil, que está em 70% dos municípios brasileiros. O BB passou a ofertar crédito imobiliário há apenas dois anos. Sua carteira, de R$ 4,1 bilhões, que beneficia basicamente a classe média com renda acima de 10 salários mínimos, dobrou em um ano. Mas é apenas 5% do total emprestado pela Caixa, que soma R$ 80 bilhões e corresponde a 82% da carteira habitacional do país, considerando todas as faixas de renda.
Ontem, houve nova reunião de Dilma com os dirigentes dos dois bancos no Planalto, mas, desta vez, participou também a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, responsável pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ana D'Angelo - Correio Braziliense
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