Nov

28

Diretora do Ministério das Cidades nega fraude em projeto da Copa


Segundo Luiza Gomide, parecer contrário à construção do VLT não correspondia à decisão da pasta.

 

A diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Gomide, negou que tenha havido fraude no parecer que autorizava a substituição do Bus Rapid Transit (corredores de ônibus) pelo Veículo Leve sobre Trilhos (sistema ferroviário), nos projetos da Copa de 2014 em Cuiabá (MT).

Reportagem publicada ontem pelo jornal “O Estado de S. Paulo” afirmou que o projeto foi alterado por meio de fraude operada por funcionários do ministério. O VLT recebeu parecer contrário do técnico Higor Guerra, mas Luiza teria alterado o documento para dar aval ao financiamento da obra. Segundo a reportagem, a diretora agiu a pedido do ministro Mário Negromonte.

Ontem (24), Luiza afirmou que o parecer contrário à mudança não representava o posicionamento do ministério e foi inserido indevidamente pelo técnico do órgão. Segundo ela, a nota técnica que negava a mudança foi revisada por não ser adequada.

“A análise do Higor Guerra correspondia a uma opinião particular dele. Era cheia de achismos, adjetivada, não correspondia a um posicionamento da diretoria. Por isso o texto foi revisado e alterado de acordo com as discussões feitas”, justificou.

A diretora de Mobilidade Urbana negou ainda que tenha sofrido pressões do governo para que o parecer fosse alterado. “Não houve pressão, essa análise é uma praxe que a gente faz dentro do governo”, reiterou.

A diretora afirmou também não saber os motivos que teriam levado o técnico Higor Guerra a tal atitude. Uma sindicância interna será realizada para esclarecer a situação.

A mudança dos modais de transporte para a Copa em Cuiabá aumentou o valor do projeto em R$ 700 milhões. A construção do VLT está orçada em R$ 1,2 bilhão.

Segundo a diretora, o acréscimo será bancado pelo governo do Mato Grosso. O financiamento federal por meio da Caixa Econômica continua em R$ 423 milhões.

Para a diretora, o governo do Mato Grosso apresentou motivações suficientes para que a mudança fosse feita. “Nós apostamos muito no modal VLT. A principal vantagem dele em relação do BRT é que exige menos desapropriações”.

Caroline Aguiar

Fonte:www.portal2014.org.br/noticias/8542/DIRETORA+DO+MINISTERIO+DAS+CIDADES+NEGA+FRAUDE+EM+PROJETO+DA+COPA.html

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