Sep
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Apesar de estagnar em 2012, IBGE vê desigualdade ainda em queda
Fonte: Valor Econômico
A presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Wasmália Bivar, minimizou os dados menos favoráveis apurados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, anunciada nesta sexta-feira pelo instituto. “O Gini mostrou redução histórica na renda do trabalho para o Brasil como um todo, ficando abaixo de 0,50. Isso é importante e mantém uma trajetória de queda”, afirmou.
Wasmália afirmou que a desigualdade de renda continua em trajetória de queda, apesar de o índice de Gini ter ficado estável na passagem de 2011 para 2012. O instituto apurou que o índice de Gini, que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita - sendo que, quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição dos rendimentos -, praticamente parou de cair, e passou de 0,501 para 0,500 entre 2011 e 2012. Esse foi o menor movimento de desaceleração no indicador, usado como termômetro para apurar a redução de desigualdade no país, desde 2004.
No caso específico da renda originada do trabalho, o ritmo da queda do indicador também enfraqueceu. O índice de Gini nesse segmento diminuiu de 0,501 para 0,498 entre 2011 e 2012. Esse nível de recuo foi equivalente ao observado no período da crise global, quando o indicador caiu de 0,521 para 0,518, de 2008 para 2009; e o mais fraco em seis anos.
“O índice de Gini do Brasil ficou estável entre 2011 e 2012 porque tanto o primeiro décimo quanto o último décimo do universo da pesquisa tiveram grandes aumentos de renda, enquanto o restante não acompanhou o ritmo de crescimento da renda. Por isso o índice de Gini ficou estável”, disse.
A respeito do índice de analfabetismo ter crescido, de 8,6% para 8,7% passando de 12,9 milhões para 13,2 milhões analfabetos entre 2011 e 2012, Wasmália disse não ter havido grandes alterações. “Estatisticamente, o analfabetismo se manteve estável em 2012. Ao longo do tempo, se observa uma relevante redução de número de pessoas que não sabe ler nem escrever”, disse acrescentando que em 2004, a taxa de analfabetismo era de 11,4%.
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