Jul
25
Complexo comercial em São Paulo consegue autossuficiência com sistema de cogeração de energia
A partir do gás natural, tecnologia permite a produção de energia elétrica e térmica simultaneamente. Sistema também pode chegar aos empreendimentos menoresThays Tateoka |
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O conjunto de escritórios Rochaverá, localizado no bairro do Morumbi, em São Paulo, conseguiu a autossuficiência energética com sistema próprio de cogeração de energia elétrica. A tecnologia permite o atendimento de 100% da demanda interna, alimentando sistemas de climatização e energia de forma ininterrupta.
O sistema, que demandou investimento inicial próximo a R$ 28 milhões, foi concebido para atender às quatro torres do complexo, sendo três delas já em funcionamento e a última a ser entregue no final de dezembro.
O sistema funciona diariamente, inclusive nos horários de pico, momento em que o consumo de energia chega a até seis vezes mais. O consumo diário das três edificações é de cerca de 10 mil m³ de gás natural. "Além do retorno econômico, o abastecimento de cogeração de energia a gás proporciona confiabilidade uma vez que, nesses horários, parte das concessionárias de energia elétrica está com o sistema de distribuição congestionado", avalia Nelson Oliveira, da Ecogen, empresa que administra o sistema no complexo.
Investimentos
A tecnologia ainda não é comum nos edifícios que demandam fornecimento de energia full time, em função do alto aporte inicial para a instalação do sistema. O complexo Rochaverá, que possui atualmente 75 mil m² com as três torres e passará para 125 mil m² com a quarta torre em construção, absorveu investimentos da ordem de R$ 28 milhões nas duas fases de implantação da usina, utilizando quatro geradores, quatro chillers de 540 TR's (toneladas de refrigeração) para demanda de fornecimento de 8 megawatts de potência necessários para atender mais de 12,5 mil usuários residentes e flutuantes.
"Geralmente o investimento de uma usina é maior do que sistemas convencionais, mas o ganho posterior em custo operacional resulta em economia e grande confiabilidade do fornecimento de energia e ar-condicionado", afirma o gerente de cogeração da Comgás, Pedro Luiz da Silva Júnior. Em projetos de escritórios menores, ele afirma que uma alternativa aos altos custos é a parceria com a concessionária de gás, que tem interesse em difundir o sistema e ajudar a implantação de projetos. Pelo processo de cogeração, o usuário pode tornar-se seu próprio gerador de energia e alternar o uso com a concessionária elétrica. A qualidade e a oferta do fornecimento de energia para prédios comerciais, hospitais, hotéis e shoppings centers a partir do gás natural têm tido aumento de demanda principalmente em mercados que precisam de vapor ou resfriamento, além de estabelecimentos que possuem grandes unidades centrais de condicionamento de ar e aquecimento de água. Somente no ano passado, na área de concessão da Comgás no Estado de São Paulo, o consumo de gás natural para alimentar sistemas de cogeração de pequeno porte aumentou 59% para o fornecimento de energia elétrica, ar-condicionado e refrigeração. No processo de cogeração, é possível obter aproveitamento de até 85% do gás empregado no processo, enquanto que em uma termoelétrica, a eficiência gira em torno de 45%, segundo os entrevistados.
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