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Projetos e Obras

Edifício Pátio Malzoni e a usina termelétrica São João, em São Paulo, ganham o Prêmio PINI 2013

Empreendimentos conquistam 2º Prêmio PINI Obra de Destaque Editorial nas categorias Edificações e Infraestrutura

O edifício Pátio Malzoni e a usina termelétrica São João, ambos localizados em São Paulo, são os vencedores do 2º Prêmio PINI Obra de Destaque Editorial nas categorias "Melhor Obra de Edificação" e "Melhor Obra de Infraestrutura", respectivamente.

Participaram da votação, os assinantes a pagamento das revistas da Editora PINI (AU - Arquitetura & Urbanismo, Construção Mercado, Guia da Construção, Téchne, Equipe de Obra e Infraestrutura Urbana). Ao todo eram cinco obras concorrendo ao título de mais relevante publicada na revista Téchne durante o ano de 2012 e outras cinco de mais importante publicada na Infraestrutura Urbana no mesmo período.

Os critérios sugeridos para seleção das obras foram: I) implantação - contribuição para o menor impacto no entorno; II) difusão técnica - importância da obra para projetos semelhantes; III) soluções do construtor - originalidade e criatividade para soluções dos desafios; IV) relevância para a engenharia - contribuição para o meio técnico nacional e V) sustentabilidade - soluções para redução do consumo de água e energia e menor manutenção.

Pátio Malzoni

Marcelo ScandaroliEm uma das principais avenidas de São Paulo, a Brigadeiro Faria Lima, a obra do prédio comercial precisava vencer um desafio: preservar uma casa bandeirista autêntica, sem interferir em sua estrutura ou em sua vista da avenida. A solução foi construir um dos blocos a 30 m de altura, com 4 vigas de 44,4 m cada uma.

 

As vigas têm 700 m³ de concreto cada, sustentadas por oito pilares com 30 m de altura acima do nível do solo para os 12 andares de edificação. As vigas são em formato "T", e possuem 6 m de altura. Sob o eixo de cada par de pilares de cada viga foi feita outra fundação, como um radier, para suportar a carga.

As duas vigas centrais receberam 24 bainhas de 24 cordoalhas para protensão, enquanto as mais externas receberam 18 bainhas de 24 cordoalhas. O momento de cálculo nas vigas principais é de 60 mil tfm. Depois de concretadas as vigas de 44,4 m, foram feitas vigas de travamento, ortogonais a elas, com 2,50 m de altura.

O concreto usado foi o autoadensável, com 50 MPa. Foi feito um controle tecnológico muito rígido, sendo instalados quatro termopares em cada viga durante o lançamento do concreto e até duas semanas após, para monitorar a temperatura.

Usina termelétrica São João

 

Marcelo Scandaroli

Sob a administração da concessionária Ecourbis Ambiental, a usina termelétrica do aterro Sítio São João transforma em energia o gás metano extraído da decomposição de resíduos sólidos. O complexo tem capacidade de extração de metano de 20 mil Nm³ por hora e gera 200 mil MWh de energia, que é vendida para a Eletropaulo, empresa estatal de distribuição de energia elétrica. A energia limpa produzida é suficiente para abastecer uma cidade de até 400 mil habitantes.

 

A usina tem 40 km de tubulação, distribuída em uma área de 80 hectares, que possui 170 poços para a extração do gás. A conversão do metano em energia ocorre por meio de um processo relativamente simples: o gás passa de energia térmica para mecânica e depois é convertido em energia elétrica, que é colocada então na rede de distribuição pública.

A produção de energia limpa na usina termelétrica do aterro Sítio São João viabiliza a geração e comercialização de créditos de carbono. Os certificados permitem que cada tonelada de CO2 não emitida ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento - no caso, o Brasil - possa ser negociada com empresas ou governos de países desenvolvidos que precisam alcançar metas ambientais.

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