Dec
17
Indicadores da FGV mostram mercado de trabalho estável em novembro
Indicadores de emprego calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram estabilidade no mercado de trabalho neste quarto trimestre.
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) – que busca antecipar a tendência do mercado de trabalho - ficou praticamente estável em novembro, ao variar -0,1% em relação a outubro, considerando-se dados livres de influência sazonal. Segundo a FGV, o resultado consolida a recuperação da forte queda pontual de julho passado, mas é ainda insuficiente para apontar um período de aceleração de contratações de mão de obra na economia brasileira.
A estabilização do IAEmp (é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor) se deve a movimentos diversos dos seus componentes: enquanto o indicador da Sondagem da Indústria que mede as expectativas dos empresários em relação à evolução do ambiente dosnegócios teve queda de 2,9%, o ímpeto de contratações de mão de obra aumentou 2,2%.
Outro indicador, o Coincidente de Desemprego (ICD), subiu 0,2% em novembro, sobre outubro, feitos os ajustes sazonais. Segundo a FGV, o resultado sinaliza estabilização da taxa de desemprego. “Considerando-se médias móveis trimestrais, o indicador apresenta uma tendência ligeiramente decrescente para a taxa noquarto trimestre de 2013”, diz a instituição, em nota.
Nesse índice, altas sugerem piora na percepção do consumidor quanto à oferta de trabalho. Mas a FGV pondera que variações muito pequenas, como esta de 0,2% de novembro, estão dentro da margem de erro da pesquisa, sendo, portanto, insuficientes para indicar uma tendência.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados - em quatro classes de renda familiar - da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.
As classes que mais contribuíram para o leve aumento do ICD em novembro foram as duas extremas: de um lado, os consumidores com renda familiar de até R$ 2.100,00, cujo indicador subiu 2,0%; do outro, a dos que possuem renda superior a R$ 9.600,00, com variação de 1,5%.
Desemprego
Na próxima quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa a taxa de desemprego de novembro. Em outubro, a taxa caiu para 5,2%, de 5,4% em setembro, a menor para o mês desde 2002. Apesar do recuo, o IBGE considerou que o mercado de trabalho está estagnado. Isso porque o número de pessoas que saiu do mercado, por diversos motivos, ajudou na redução da taxa.
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