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Copa do Mundo 2014

Copa do Mundo: emissões de CO2 vão duplicar em relação a 2010

brasil

 

A FIFA estima que o Mundial de Futebol de 2014, no Brasil, vai produzir cerca de 2,72 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). Em perspectiva, este valor é o equivalente à quantidade de CO2 produzida por 560 mil carros num ano ou 136 mil habitações.

A quantidade de emissões de CO2 estimada pela FIFA ultrapassa em mais de um milhão de toneladas o valor total produzido no Mundial de Futebol de 2010, realizado na África do Sul. A maior parte das emissões – cerca de 80% – vão ser produzidas pelas viagens de avião, que os jogadores e espectadores vão efetuar para 12 estádios diferentes, onde vão decorrer os 64 jogos do evento.

O responsável pelo gabinete de responsabilidade social da FIFA, Federico Addiechi, declarou já que a entidade vai compensar a totalidade do CO2 produzido durante o mundial. A compensação pode incluir o financiamento de projetos de reflorestação e investimentos em energia eólica e hidroelétrica. Segundo a FIFA, compensar a totalidade das emissões de CO2 deverá custar cerca de R$5,8 milhões, uma pequena fração dos milhares de milhões esperados em receitas.

Nenhum dos projetos de compensação deverá ser anunciado antes do próximo ano e resta ainda a dúvida se a FIFA vai cumprir com os compromissos pré-estabelecidos depois de o Brasil deixar de ser o centro das atenções. “Precisamos de desenvolver o futebol e isso significa que as pessoas viagem pelo mundo”, afirmou Addiechi à Associated Press, citado pelo Grist. “De outra forma teríamos de parar de fazer o que estamos fazendo e não penso que isso seja do interesse de todos”, acrescentou.

Para tentar minimizar o impacto das emissões de CO2, muitos dos estádios que vão acolher a competição esperam conseguir certificações em Liderança em Energia e Design Ambiental. Para tal, muitos estão instalando painéis solares nas coberturas dos estádios.

Em 2010, o mundial acabou por gerar menos um milhão de toneladas de CO2 do que o previsto inicialmente – cerca de 1,65 milhões de toneladas em vez de 2,64 milhões de toneladas estimadas. Esta redução foi possível devido à iluminação com elevada eficiência energética, ao aproveitamento da água das chuvas e à ventilação natural de um certo número de estádios sul-africanos.

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