Mestrando pelo IPT cria casas temporárias com fonte energética de hidrogênio

O arquiteto Luiz Massi Júnior, aluno do Mestrado Profissional em Habitação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), apresentou na última semana o projeto de construção de abrigos temporários sustentáveis para pessoas afetadas por catástrofes naturais. O empreendimento é composto por uma vila de 24 abrigos desmontáveis com nove m² e capacidade para seis pessoas cada, e aproveita a geração de energia limpa por células de hidrogênio.

Os abrigos, que podem ser montados, desmontados e transportados pelos próprios moradores, custam cerca de R$ 12,5 mil cada. As casas possuem paredes com isolamento térmico e cobertura composta por placas curvas metálicas e um forro de tecido impermeável, e não têm encanamento ou instalações sanitárias, com a água potável para consumo sendo provida por galões. Já as instalações elétricas são compostas por uma lâmpada LED e duas tomadas de 110 volts.

A energia fornecida para os abrigos é gerada pelas células de combustível a hidrogênio da Unidade Móvel de Infraestrutura (UMI), que consiste em um ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) adaptado para fornecer eletricidade e infraestrutura de banheiros e lavanderia aos moradores da comunidade temporária.

De acordo com Massi Júnior, o uso da unidade móvel facilita a operação do abrigo. "Considerei a eficiência energética, a mobilidade, a emissão zero de poluentes e a originalidade da proposta, além de evitar a construção de edificações auxiliares para as instalações sanitárias, responsáveis por características indesejáveis como espaços ociosos e investimentos públicos sem retorno, após a desocupação da área", explica o arquiteto.

A proposta prevê que cada ocupação dure de seis meses a um ano, no entanto, foi concebida com uso de materiais que oferecem resistência suficiente para períodos maiores.

Fonte: Piniweb